Atualmente o uso de CDN por aplicações web é quase que obrigatório na maioria dos casos, mas até chegarmos nesse ponto de maturidade, é necessário entender que esse modelo de serviço percorreu um longo caminho até ser tão fundamental quanto é hoje.
As CDNs são servidores web posicionados em diferentes localizações geográficas para realizar cache de aplicações web e distribuir parte do conteúdo com menor latência, utilizando como base a localização dos usuários que acessam as aplicações. Portanto, CDNs fazem com que aplicações web consigam ter melhor performance, melhorando a experiência de seus usuários e otimizando métricas de tempo de carregamento, por exemplo.
Além das questões estreitamente relacionadas com performance, serviços de CDN também são fundamentais para melhorar a segurança de uma aplicação, já que por lidar com grande parte das requisições de uma aplicação, é natural que a CDN proteja seus usuários contra ataques direcionados, como DDoS.
Se pensarmos na internet no inicio da década de 90, tínhamos um cenário muito diferente do final da década. Basicamente, a internet no inicio dos anos 90 era composta por pequenas páginas em HTML, poucas imagens, áudios e vídeos simples e serviços de e-mail.
Já no final da década de 90, passamos a consumir ainda mais vídeos, imagens de alta qualidade e áudios significantemente maiores, o que naturalmente fez com que o consumo e largura de banda aumentasse, obrigando grandes empresas a otimizar seus modelos de entrega. Neste momento, foram criadas as CDNs de primeira geração, que basicamente entregavam assets estáticos com capilaridade para ajudar a acelerar e dar mais escalabilidade para diferentes aplicações.
E com o passar dos anos, alguns serviços de CDN evoluíram, e foram reconhecidos como CDNs de segunda geração, onde basicamente passaram a integrar algumas features de segurança, maior granularidade de cache, permitindo cache dinâmico, por exemplo, e com melhor conectividade para dispositivos móveis.
Atualmente, estamos migrando para o que pode ser considerado as CDNs de terceira geração, voltadas principalmente para os desenvolvedores, dando mais autonomia de desenvolvimento em edge e com recursos autogerenciáveis. O foco das CDNs de terceira geração definitivamente é a qualidade da experiência do usuário final, ainda mais se considerarmos que nos últimos anos a competitividade de serviços digitais tem sido cada vez mais acirrada.
Abaixo, listamos alguns eventos históricos relevantes e que fizeram com que os serviços de CDN evoluíssem e se tornassem fundamentais:
11 de setembro:
Com o ataque de 11 de setembro houve uma massa de acessos inesperados em portais de noticias simultaneamente, causando graves problemas de disponibilidade e fazendo com que esses sites investissem mais em suas hospedagens e serviços de CDN para lidar com eventuais picos de acesso.
Evolução de serviço da Akamai:
A Akamai foi uma das primeiras soluções de CDN do mundo, e foi fundamental na evolução de CDNs a partir de um esforço de pesquisa no MIT com o objetivo de resolver o problema com picos de tráfego.
Padrões de entrega de conteúdo:
Por iniciativa da BSF (Broadband Services Forum) e Fórum ICAP, foram desenvolvidos padrões para entrega de conteúdo em banda larga, Streaming de mídia (vídeo, áudio entre outros dados) pela internet.
2004, mais de 3 mil empresas usavam CDNs:
Em 2004 descobriu-se que mais de 3 mil empresas usavam CDNs, gastando mais de U$ 20 milhões mensais.
Em 2005 um crescimento expressivo:
Já em 2005, a receita de CDN para streaming de vídeo na internet teve um crescimento de 40%. No mesmo ano, o valor de mercado combinado para streaming de áudio, vídeo, publicidade em vídeo e entretenimento online foi estimado entre U$ 385 milhões a U$ 452 milhões.
Em 2008, Amazon entra no mercado de CDN:
Em 2008 a Amazon (AWS) lança seu primeiro recurso de CDN, conhecido como CloudFront
2011, AT&T anuncia sua rede de conteúdo:
Utilizando seus 38 data centers ao redor do mundo, a AT&T entra no mercado de CDN.
Em 2012, a estimativa de mercado da Cisco no mercado de CDN para vídeos foi de U$ 6 a U$ 12 bilhões:
Em 2012 a Cisco publicou um artigo demonstrando o aumento de tráfego nos últimos anos, estimando que até 2015 o mercado de CDN para vídeos seria de U$ 6 a U$ 12 bilhões por ano.
Em 2018, o maior ataque DDoS já registrado:
O maior ataque de DDoS até o momento aconteceu em fevereiro de 2018 no site GitHub. Durante o pico do ataque, houve uma taxa de entrada de 1,3 TB por segundo, enviando pacotes a uma taxa de requisições de 126 milhões por segundo.
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